terça-feira, 4 de novembro de 2008

um encontro...

Nunca na sua vida tinha deixado de lado o que achava quanto naquele momento, não que ela se lembrasse. Estava ali e ali estava. Não procurava nada, simplesmente vivia naqule instante o que ele lhe apresentava. Sem planos, sem expectativas.

Ele apareceu aí. Nesse momento, nesse dia sem expectativas e, apesar da antipatia que por ele sentia, conseguiu abstraí-la a ponto de poder estar ali com ele. Permitiu-se conversar com ele e ser ela mesma e ouvi-lo sem raiva. Permitiu-se interessar-se e, acho, que deixar-se interessar. De alguma forma, por algum motivo houve um encontro ali. Único e imprevisível.

Não poderá nunca não lembrar dos longos instantes em que apenas se olharam. Profundamente. Buscavam algo, um no olhar do outro. O que buscavam podia não ser o mesmo e talvez nem eles tenham se dado conta do que procuravam, se é que realmente o faziam. O longo olhar não culminou em um beijo. O longo olhar talvez tenha culminado num conhecimento, silencioso, um do outro.

Algo após aquilo tudo modificou-a. Algo ali naquele encontro acrescentou-a. Algumas palavras dele, ela não esqueceu. Não só palavras, não só olhar. Ficou nela também aquela puxada pela mão, aquele abraço e o beijo. Poderia ser o único. Mas aconteceu no aqui - agora daquele momento e ficaria gravado nela como uma experiência vivida e, com certeza, nele também. Não importa se nunca acontecer de novo. Aquele encontro, naquela noite sem expectativas havia valido a pena e só isso lhe bastava.

Um comentário:

Arthur disse...

você tem que fazer 8 planos e pedir pra que mais 8 pessoas façam esse mesmo plano... tendeu?